A XENOFOBIA CONSENTIDA por Luísa Lobão Moniz

As crianças mais uma vez são castigadas por leis que não percebem, por um mundo que não pediram.

As crianças que estão enjauladas em nome de uma “tolerância zero” e porquê? Porque o Sr Trump não tem  autorização para a construção do MURO entre os EUA e o México.

Ora, os muros servem para dividir, para separar, para esconder, para excluir, para proibir.

Todos sabemos o que foi o Muro de Berlim, o Muro de Israel,… o invisível muro de mentalidades.

Um muro a separar pessoas que são diferentes, um muro a separar as famílias, ou seja, os adultos vão para um lado e as crianças para outro, longe dos pais.

Mas Trump continua a dormir com todo o conforto, enquanto muitos pais e mães choram pelos seus filhos que ele separou à força.

As críticas surgem por todo o lado e por muita, muita gente. Como actuar perante esta realidade? Não há nenhuma organização que consiga “resgatar” estas crianças.

Já não chega condenar é preciso agir!

Americanos e mexicanos não podem “castigar” quem lhes apetece, os mexicanos não se podem deixar tratar com esta desumanidade.

A Europa discute conceitos como excluir, incluir, integrar, liberdade de movimentação…

 E entretanto as cordas vocais destas mães, destes pais quase que sangram, as lágrimas e choro destas crianças não deixam de brotar de uns olhinhos que procuram na escuridão os seus pais.

Quem vai reparar a vida destas pessoas?

Como é possível que o Sr Trump se passeie por este mundo com toda a sua arrogância, com palavras feitas ameaças?!

Se calhar está na altura de se rever os Direitos do Homem para que estes senhores não possam ter poder, se calhar está na altura de rever o principal da Educação, valores ou algoritmos?

Se calhar está na altura de se valorizar a Vida, a vida como bem-estar e como descoberta de que a diferença não é oposta à igualdade.